23 novembro 2012

Let's have a toast

Então fazemos assim.
Juntamos tudo e deitamos fora, os gritos de adrenalina, os abraços inspirados em martini, as canções chatas da infância e as noites que madrugámos, todos juntos, à porta de casa uns dos outros. Juntamos tudo e queimamos: dançamos à fogueira feita dentro de casa, no quarto dos pais. Para aproveitar e deitarmos fora as palmadas também.
Reciclamos os sonhos da casa dos 10, de fazermos uma viagem de bicicleta pela Europa, de deixarmos o emprego no restaurante para viver algumas vidas eternas em acampamentos hippie. Sejamos passageiros em comboios e em destinos. Que não seja só um, para conhecermos outros caminhos que dão à nossa rua ou a outras que nos guardam vizinhos. Que sejamos muitos.
Juntemos muitos e realizemos.

15 novembro 2012

Somos nós.

Olha para a coisa redonda que é a Bola em que pisas. Olha para os que te vêem chegar a esta sala e te vêem sentar nessa cadeira e abrires o livro que começaste a ler esta semana. Estuda-os, fá-los confessar que os sonhos deles poderiam acabar contigo. Que os vossos sonhos todos poderiam criar um mundo. Faz-te ver que eles são super-homens e que tu, afinal, és rico. Tens o mundo a falar contigo sobre o que se pode fazer no Universo.
 Dá-lhes uma moeda para eles rejeitarem e finge que não tens sonhos dentro de ti. Perde o tempo de uma vida a trabalhar no que gostas e mostra-lhes que tens tudo para dar e para mudar. Prova aos ricos que és mágico e faz com que eles te levem a sério. Aliás, leva-te a sério, está bem? Vais descobrir que os teus amigos das bebedeiras são filósofos escondidos e encavernados por uma educação limitadora. Sentirás que o mundo é teu porque tudo é nosso e o deixa de ser ao mesmo tempo que o é. Vais dedicar-te ao futuro porque o futuro és tu e todos.
A dedicação é sagrada por ser amor, leva-te aos deuses que o mundo louva-te.