Então fazemos assim.
Juntamos tudo e deitamos fora, os gritos de adrenalina, os abraços inspirados em martini, as canções chatas da infância e as noites que madrugámos, todos juntos, à porta de casa uns dos outros. Juntamos tudo e queimamos: dançamos à fogueira feita dentro de casa, no quarto dos pais. Para aproveitar e deitarmos fora as palmadas também.
Reciclamos os sonhos da casa dos 10, de fazermos uma viagem de bicicleta pela Europa, de deixarmos o emprego no restaurante para viver algumas vidas eternas em acampamentos hippie. Sejamos passageiros em comboios e em destinos. Que não seja só um, para conhecermos outros caminhos que dão à nossa rua ou a outras que nos guardam vizinhos. Que sejamos muitos.
Juntemos muitos e realizemos.