24 fevereiro 2011
Fervores
Cumprimenta-nos o fogo, da lareira, acenando-nos à sua maneira. Aquecemos as mãos sobre a lenha crepitante, que refila connosco, avizando-nos que quem brinca com o fogo, faz xixi na cama. E fazêmos, na nossa pura inocência.
A mãe pergunta-nos quem é o nosso melhor amigo e, sem resposta, olhamos para aquela fogueira que nos aquece o coração desde sempre. Pedimos perdão pela frieza, mas o mundo é assim, um celibato de santidades sabedouras que nos sumariam às cinzas da lenha queimada.
E o resto da história não sabemos, porque adormecemos sempre aconchegados de fronte à lareira até a última brasa adormecer.
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