Eu vou ler este livro devagar.
Vou viajar deitado neste sofá pelas vidas deste livro tão cheio de vida enquanto bebo o vinho tinto, de sabor quente, que me finaliza o jantar. Porque os livros são assim, eternos por não sabermos quantas vidas abrigam. Por não sabermos quantas vidas tem essa vida.
Está frio lá fora, é véspera de Dezembro e uns livros esperam em fila, já saturados, que eu os leia. É essa a minha alegria: estar cheio de livros para ler. E este eu vou lê-lo devagar, abrigado pela luz fraca e amarela do candeeiro de pé. Mas não vou lê-lo devagar só hoje, irei fazê-lo amanhã e depois e depois, sempre com a manta velha e pesada que me cobre o corpo todas as noites.
E a lareira assiste-me, ardendo por um trago de vinho com tons de madeira que beberico ao ler este livro devagar no sofá. Hoje vamos viver devagar.
Gostei muito.
ResponderEliminarE aproveito para te convidar a participar no novo PIXEL que agora se iniciou no meu blogue:)
Abraço
Há dias que nos escorrem devagar por entre os dedos sedentos de outras vidas.
ResponderEliminarAcho este teu texto dos mais belos que já escreveste.
Abraço.
e como sabe bem viver devagar, saborear as coisas com tempo*
ResponderEliminarTô adorando seu blog. Parabéns pela maneira de escrever.
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