![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV-s0Y6Yk4yCTtfFw8Ol09wov4-S6sPIXN0zjQ_qYKN3GAweNFwoD9eZ2pYbDO6EfU_C29V5ov7sMmEGtd1c_RsR2tTwh_h2j57eYq-3JzcC5d3W14Mj4mvMWnflyTsBz3KZy4AXZ_Eyt5/s400/dan-martensen-telegraph-homotography-6.jpg)
O narrador de histórias é um homem ainda jovem, acabado de sair do sal do mar. É alto e veste roupas que falam de si de um jeito sublime. Conheci-o no seu lugar preferido: nas traseiras de um bar virado para a praia, sentado numa poltrona velha que tapara com uma manta de Inverno. Eu não sei se ele vive ali, mas aquilo é a sua vida.
Conta histórias aos que lá passam pelas traseiras: os que andam à procura do wc, os que vieram atender uma chamada telefónica e os que vieram vomitar. E todos se apaixonam pelo jovem contador de histórias que carrega livros em ambas as mãos. Alguns nem voltam a entrar no bar, suspeitaria que teriam fugido com ele se ele não estivesse lá todos os dias, assegurando a sua presença.
Diz que não gosta da praia, mas dali consegue ver o mar e fá-lo todos os dias da sua vida. Porque diz que observar o mar é o seu sonho e, mesmo que conseguidos, dos sonhos não se desistem.
Sem comentários:
Enviar um comentário