28 janeiro 2011
Bocas abertas
Amo-te desde criança.
Amo-te desde o primeiro pulo que dei: o pulo foi para chegar a ti. Amava-te nas brincadeiras, no toca-e-fica, no macaquinho-do-chinês e até quando ficávamos de castigo no quarto escuro. Quando comiamos donuts, eu amava-te. E amo-te hoje que comemos Cheeseburgers. Sempre o senti quando desenhava e o meu corpo sempre quis amar-te. Toda o processo de acne na minha cara representa a vida que me dás: o organismo acelera e isto entope-me a pele. Já viste?
As coisas que passamos quando dormimos, à noite, com a manta do avô sobre nós? Sonhamos juntos; sonhamos tanto e tantas vezes. Até te amo no quentinho do banho: mas só quando está quentinho. Também o sinto em noites quentes, de Verão, noites que se fazem sentir brancas apesar do céu escuro.
Até o sinto quando rimos juntos, mas amo-te mais quando choramos. É mais bonito.
E até quando bato à tua porta, mesmo quando tu não estás.
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há outra forma de amar? é possível amar e saltar a parte do ininterruptamente após o primeiro momento em que saltamos para o amor? eu acredito que podemos largar as mãos do amor, mas ainda assim amamos sempre.
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