27 outubro 2011

Loading




Um Pacman dançante onde a água levanta ao passar dos pneus, iludindo os mais vulneráveis de que é um rasto da liberdade. Troca-se o passo, molha-se o bico e TRÁS!, um já foi. Zaragata, zaragata. Canta-se um hino nacional de nossa autoria de mão à boca bocejadora que pede socorro à cama. As flores dos jarros já não transpiram porque querem desmaiar, a luz do candeeiro da cozinha desmaia devido à falta da vitamina Euro e os ratos comem o nosso mal agradecimento.
   Sai-se à rua e somos ciganos ou mal amados, drogados pelas contas e anestesiados pelo  cheiro a morto da sociedade. Unidos pelos genes, separados por betão e mentalidades. Mini Pacmans aprendem a comer e a serem super heróis na escola e as professoras assistem à degradação de serem comidas ao longo do jogo. O estômago gosta de ter a casa cheia e depois areja-se um bocadinho.
    Inaugura-se a depilação às amoras, aberta a concorrência à pele dos pêssegos e deslocada a costela de Adão. As camisas do Pacman deslizam em corpos femininos, embebedados da fragrância horrível a período. Chupa-se então o sangue às sangue-sugas e desmontam-se as tarântulas-esqueleto, já mastigadas porque o raio do Pacman as comeu.

2 comentários:

  1. Estou um bocado apertado de tempo para ler todo o post (uma versão simpática do "too long, didn't read"). Mas não pude deixar de reparar na "constatação da semana" e não poderia ficar sem criticar: sex e laughing não são coisas incompatíveis, at all!

    ResponderEliminar