Vamos virar-nos do avesso e publicar as nossas entranhas nas notícias e nos jornais. Usaremos as palas dos cavalos, tentativa de pragmatismo incessável. Vamos dar o corpo ao manifesto. Até não poder mais.
Depois, depois é outra história.
Vamos deitar-nos no manto de um pelo qualquer macio, perdido no escuro do quarto onde sonhávamos. Hoje não vamos sonhar. Vamos apagar das memórias tudo o que aconteceu e do que ainda irá acontecer. Vamos dormir e esperar que o mundo se esqueça de nós para que, amanhã, seja um dia completamente novo. Vamos dar toda a nossa energia a alguém e tornarmo-nos nada, neutros, zero. Sem datas, sem futuro.
E vai saber tão bem.
E vai saber tão bem.