Tortura o mundo. Mói-lhes o cerebelo, cospe-lhes nas cataratas e arranja uma cangalha para o passeio. Simplifica os nomes fortes, para poderem ser bem perceptíveis quando começarmos a gritá-los na rua. Cruza a perna depois de te sentares no banco verde com merda de pombo. Pede perdão aos que morreram por ti. Sorri aos que te erguem a cruz do não acontecido, aos que te olham por pareceres tão extraterrestre. Diz-lhes que vais raptá-los para outra galáxia, onde gente dessa é servida como sushi. Vende as roupas, que são diários de escravidão inocente e fecha as portas aos dogmáticos. Faz voodoo com a sociedade e alimenta os de lá expulsos. Ama o próximo e os que já foram, os que usaram o corpo como um corpo, os que sabiam-se apenas de matéria, os que juraram nunca jurar-te um átomo só. Tira a verdade do surrealismo e aperta-o contra o lobo frontal. Massaja o Ajna e unge os ricos, a ver se gostam. Sacrifica a vontade, um holocausto à Glória.
E esconde-te, que o Melhor nunca vem aos olhos do povo.
«tortura o mundo.»
ResponderEliminar«(...)que o melhor nunca vem aos olhos do povo.»
grande verdade
Nós já estamos na fila da frente, e o melhor de tudo é que não estamos só a assistir!
ResponderEliminarEstá espetacular !
ResponderEliminarÉ com textos assim que eu perco a coragem de escrever. Parabéns! :)
ResponderEliminar