19 dezembro 2011

Olá, bom dia


É essa a maravilhosa tragédia da arte:
ausência do vício e a presença da escolha.
O fazer telas em série durante meses e depois parar só porque apetece, 
só porque já estamos vazios de querer imaginar aleatóriamente,
só porque não sou obrigado a pintar.
É parar o destino durante 3 anos porque decidi ler Drumond ou porque falta-me acabar a decoração do quarto. Ou porque mudei de país e lá os textos vão ser só para embalar os meus pequenos.
Poder intervalar porque não sou um economista que necessita de estar sempre a par da moeda inexistente ou porque sofro bullying do meu patrão.
É, sobretudo, poder.

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