27 dezembro 2011

In Rome, be a roman



O frio não te gela porque inventaste a anestesia. Chamas "fraca" à pele de galinha e partes glaciares às cabeçadas. A goela é cortante mas grave, à espera de ser sodomizada e só explodes quando é para criar Mundos. Quebras nozes com os dedos dos pés e mandas cá para a sala para o povo comer com castanhas de caju.

Namora alguém de pedra. Que finja as suas lágrimas para matar a sede, que te pese o coração e que o esmague como se faz aos que são pequenos. Alguém que construa uma casa e não ganhe calos, conduza um carro de luxo que não seja automático, que saiba como comer consoante o ambiente social. Te chame nomes, te puxe o cabelo na cama e durma a noite toda em cima de ti. Que te despreze quando achas que nem estejas a ser criança, que te obrigue a tomar banho juntos na tua banheira e porque está-se pouco fodendo para as tuas contas.
Te mande uma carta só uma vez na vida e o resto dela que veja desenhos animados na TV, que transpire a tua roupa toda porque a usou sem pedir durante a semana toda. Que te roube um dos livros preferidos, que vá viajar durante 3 longos anos e depois se sente na cama de semblante bem relaxado e espere por ti, apenas se quiseres ir. Se não quiseres, não há problema: a adolescência volta ao auge.

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