Gosto da tua arrogância. Do teu punho arregaçado aos sorrisos só por simpatia, do jeito com que olhas para o céu como se fosse um mar de gente. De como pisas a areia fina e quente da praia e não te impressionas, porque sabes que aquilo é só mais um direito teu. A ter tudo.
Tu tens direito a tudo: tens até orgulho em dizer, de alma rasgada, que tens o direito a ter aquilo que não existe. Sonhas alto com o outro lado do universo, que é finito. Tu queres o que ainda não se sabe.
É por isso que ouves as músicas pimbas e bregas de Rui Veloso, Xico Buarque e Benny Goodman porque já ninguém liga ao vulgar e é do vulgar ignorado que tu gostas. De umas calças jeans claras e bem gastas, a t-shirt branca e os chinelos roubados do irmão. Ou calções pretos e gotas de água a servir de casaco contra o calor do Sol.
Adorei... como todos os outros textos. ;)
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