Vamos para trás-os-montes, amor. Vamos para o mato tentar descobrir onde o mundo começa. Vem procurar água fresca, recém-nascida, para sentires de novo que somos vivos. Mergulha! Isso, mergulha, e sê feliz comigo que eu não quero mais lembrar-me do maior erro que todos nós somos. Liga as luzes do carro quando se fizer noite, assim temos vigia. Vamos viajar, amor. Lembremos aos nossos olhos que o mundo não é só o que vemos. Fiquemos a secar deitados no manto de relva fresca, grande, selvagem que nunca foi cortada. Com bichos, os bichos e tudo. Fumemos erva pura e comamos saladas com massa. Já sei!! Vamos à pesca, amor! Vamos pescar baleias e dançar com elas nos seus jardins de algas que nós não conhecemos. Vamos ao mar.
(eu iria contigo mas não fumaria, não fosse engasgar-me ou alucinar - a realidade seria fantástica por si mesma, não seriam precisas substâncias a mexer-me no cérebro. e em vez do carro podíamos procurar pirilampos. sempre gostei deles)
ResponderEliminar"Lembremos aos nossos olhos que o mundo não é só o que vemos." Uma verdade que é preciso lembrar a cada instante. Uma revelação que assusta e liberta.
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