Vamos para a noite. Cavaleiro de mota, prostrado em frente a minha casa. O motor do cavalo branco ronca nos meus ouvidos e desperta os vizinhos que vêm da janela. E seguimo-nos pelas mãos largas, desenhadas, posicionadas no ponto do desejo.
Andemos, que hoje somos cavaleiros. Irêmos por esse casaco grosso que nos enchumaça os ombros, pelo já quase esquecido sapato de vela e por toda essa coisa bem composta. Enfrentemos o vento, simulando-se ar puro. Sejamos da estrada desconhecida e forcemos o motor até avistarmos mar. E se não quisermos voltar, que seja então profecia.
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