22 novembro 2011

Aí eu abro.



Desculpa-me se ainda não li cartas de amor.
É de mim, nunca aprendi a mostrar-me interessado em vidas passadas. Nunca tomei o sacrifício como medida nem a dor como dogma absoluto. A decapitação sempre me veio como condenação, nunca por dedicação. Talvez tenham sido envelopes de cartas que nunca cheguei a abrir. Mas esperava pelo carteiro dizer-me de quem eram: e ele não disse.
Talvez diga um dia.

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